Infelizmente, por ocasião do terremoto na Itália, da tragédia ocorrida no pequeno burgo de Amatrice, zona central do país, hoje irei falar sobre os frequentes sismos que atingem o país. Sendo assim, farei uma breve pausa nos textos sobre passeios, viagens e monumentos para que você entenda um pouco mais sobre as razões pelas quais, vez ou outra, a Itália é notícia quando o assunto é esse tipo de desastre natural.
Grande parte da península itálica está localizada em uma importante zona sísmica e vulcânica, o que explica a constante ação de terremotos no país. Na Itália, são muito comuns os pequenos tremores de terra ao longo do ano, e os italianos aprenderam a conviver com esse fenômeno, atentos à evolução e à repetição dos movimentos da terra.
Terremoto na Itália: áreas mais atingidas
A zona sísmica mais ativa do país está concentrada principalmente na área que vai do Apenino Central (a cadeia montanhosa mais importante da península) até a parte oriental da Sicília, compreendendo as regiões da Calábria, Sicília, Umbria, Marche, Toscana e Basilicata.
Essa parte da Itália sofre com constantes tremores de terra (foram identificados mais de 3.690 leves sismos em um período de cinco anos) e os seus habitantes estão sempre atentos às reviravoltas da natureza, por conta das catástrofes que os terremotos podem causar quando somadas força e superfícialidade da localização do seu epicentro. É difícil prever com exatidão a sua intensidade e muitas vezes é a percepção humana que salva muitas vidas.
Terremoto na Itália: como agir
Quando acontece um forte terremoto na Itália as dimensões da catástrofe se amplificam, principalmente por causa da qualidade das construções das casas e edifícios. Por ser a Itália um país onde as pequenas cidades são, em sua maioria, formadas por burgos com antigas construções, sem estruturas antissísmicas, quando um tremor de terra ocorre no país cidades inteiras vêm abaixo. Com isso, muitas vidas são perdidas, além de um patrimônio cultural construído há séculos. O Japão, outro país que possui enorme atividade sísmica, já mostrou que é possível salvar muitas vidas quando a tecnologia na área da construção civil é preparada para enfrentar as intempéries da natureza.
Para quem nunca vivenciou o momento de uma atividade sísmica, inicialmente, pode ser difícil identificar do que se trata. A primeira impressão é de vertigem, até que você percebe que os objetos ao seu redor estão se movimentando. A melhor forma de se proteger é posicionando-se num lugar ao ar livre, longe de edifícios e fontes de energia elétrica. Se não for possível sair de casa, abrigue-se embaixo de uma mesa robusta ou próximo a paredes com vigas de concreto, evitando escadas e elevadores. Nesses momentos, o melhor a fazer é permanecer fora de casa até segunda ordem. Os terremotos costumam ser uma sucessão de tremores de terra, e depois de um leve pode vir um bem mais forte; isso quando o primeiro não for o mais forte, como aconteceu na última quarta-feira, 24 de agosto de 2016, na Itália, impossibilitando a prévia proteção de muitas pessoas.
Terremoto na Itália: Amatrice
Por uma infeliz coincidência a tragédia de Amatrice encontrou uma cidade cheia de turistas, que aproveitavam o mês de férias de verão. Amatrice estava a poucos dias da comemoração da sua festa municipal: a sagra da Amatriciana, prato típico da culinária local.
Junto com as dezenas de vidas que foram ceifadas, o terremoto levou a alegria da festa amatriciana, além de muitos dos monumentos que realçavam os encantos de um dos burgos mais bonitos do país.