A fama do sorvete italiano corre o mundo e ninguém pode passar por aqui sem provar essa maravilha. Na Europa, o inverno não é desculpa para deixar escapar uma visita à sorveteria. Independente da estação do ano, aqui, as sorveterias estão sempre abertas e os italianos consomem o gelato faça chuva ou faça sol. Mas por que o sorvete italiano é tão famoso? Seguindo a tradição de excelência na preparação gourmet, o típico sorvete italiano é fabricado de forma artesanal e em pequenas quantidades, o que lhe confere qualidade e sabor, além disso, são utilizados os melhores materiais na sua fabricação. Cada negócio produz e vende o seu produto diretamente ao consumidor, transformando-o em uma referência no mercado.
Sorvete x Gelato, qual a diferença?
Acostumadas a chamar de delícia aquele potão de dois litros de sorvete da Kibon, a maioria das pessoas ainda não tiveram a oportunidade de experimentar um sorvete artesanal. Sendo assim, sentir a diferença entre um sorvete e um gelato pode se tornar uma experiência única.
Diferentemente do sorvete tradicional, o gelato italiano é produzido e conservado em uma temperatura não tão baixa, já que não é feito para suportar longos períodos de conservação ou transporte. O volume do sorvete artesanal é consideravelmente menor em comparação com o sorvete tradicional, que pode ter até o dobro do seu volume em ar. Ademais, o gelato costuma ser discretamente mais magro, pois tem uma menor quantidade de gordura em sua composição.
Outro aspecto de fundamental importância é a qualidade dos produtos utilizados na produção do sorvete italiano (o gelato). O leite utilizado na sua fabricação é de excelente qualidade e os ingredientes e frutas frescas, que dão sabor ao produto, são muito bem escolhidos pelos sorveteiros de excelência. Essa combinação de fatores dá ao sorvete típico italiano uma fama que dura séculos.
Algumas dicas de como reconhecer um gelato artesanal
O gelato tem que ser cremoso e não pode ter qualquer pedacinho de gelo.
Caso esteja em uma zona turística, é provável que o sorvete tenha sido preparado em rítmo industrial, coisa que não deve acontecer com o sorvete artesanal.
Se a sorveteria ainda é uma pasticceria, ou seja, também produz doces, há grandes chances de se tratar de uma sorveteria artesanal.
Se o recipiente que guarda o sorvete for de inox, provavelmente o sorvete será artesanal.
Onde encontrar o verdadeiro sorvete italiano?
Uma das sorveterias com maior evidência nos últimos anos é a Il gelato di Grom. Seu sorvete é considerado de qualidade em razão da escolha das matérias primas, porém não é propriamente um produto artesanal, já que a sua mistura é feita em um laboratório na Itália e depois distribuída para todo o mundo. Contudo, o restante da sua produção é toda realizada nas próprias sorveterias que comercializam os gelatos. O sorvete Grom tem uma qualidade excelente e a sua diferença em comparação a um gelato cem por cento artesanal é quase imperceptível. Suas franquias encontram-se por toda a Itália e no exterior.
A seguir, algumas outras sorveterias renomadas em Roma:
Casa Manfredi (viale Aventino, 91/93)
Otaleg, na Portuense,(viale dei Colli Portuensi, 594)
FiordiLuna na Trastevere,Via della Lungarina, 96.
Giolitti, Via degli Uffici del Vicario, 40,
Gori gelatto, Piazza Menenio Agrippa, 8
Gelateria del Teatro (via dei Coronari, 80)/ perto da praça Navona
FataMorgana, alguns pontos de venda : Franquias da FataMorgana
Lubrano ,Via Renzo Rossi, 39
Carapina, Via dei Chiavari, 37
Essas dicas não são para lhe induzir vir à Itália e enlouquecer procurando a sorveteria mais genuína do país, mas você não pode se deixar levar por marcas como Algida (Kibon daqui) ou o sorvetinho “meia-boca” da Mc Donalds (nem me escrevam contando!). Experimentar o verdadeiro sorvete italiano faz parte da viagem e enriquece o seu conhecimento sobre o que país oferece de melhor. A última dica é evitar montar o sorvete como uma banana split ou outros modelos. Vai na casquinha mesmo, que é mais barato e lhe permite saborear o sorvete em si, até por que banana e waffer vc come em casa, né?
Luciana
Quem é e o que faz a autora que está em giro pela Itália? Deixei Salvador tentando dar umas férias ao Brasil e acabei adotando a Itália como casa. Moro em Roma há quase nove anos, entre idas e vindas. Vivi quase sete vidas nesse período fora de casa; curti, conheci, aprendi e entrei em várias roubadas. Adoro passear pelo centro, girar de bicicleta à noite e aproveitar todos os eventos que Roma oferece. Gosto de viajar e contemplar as pessoas mais que os lugares. Atualmente trabalho como web designer e compartilho informações sobre Roma, a cidade que oferece um mundo de atrações e aventuras. Convido vocês a passear comigo.
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