Por que visitar o Pantheon? O mais belo resto de antiguidade romana é majestoso, repleto de detalhes históricos e arquitetônicos e abre gratuitamente as suas gigantescas portas para milhares de turistas que não renunciam à experiência de entrar em uma das mais importantes atrações de todo o país.
A história do Pantheon de Roma
Encomendado por Marco Agrippa, no ano 27 a.C., após sucessivos incêndios, o Pantheon foi completamente reformado no ano de 118 d.C., por Adriano, imperador obcecado pelas grandes obras. É graças a ele que podemos visitar o Pantheon e o vemos como hoje se apresenta, um marco na história da arquitetura antiga.
Originalmente construído como um espaço de culto às antigas divindades pagãs, o Pantheon possuía um aspecto que o destacava do modelo quadrado dos templos gregos. O seu desenho arquitetônico fazia com que cada divindade ocupasse um ponto do salão com a mesma importância, não existindo altares em locais estratégicos.
Essa antiga construção tem a cor da sua longa idade e no alto encontra-se a inscrição original do tempo em que foi construído; ali, lê-se em um bronze desbotado: “M. Agrippa L.F. Cos. Tertium Fecit”, ou seja, “construído por Marco Agrippa, filho de Lúcio, no ano do seu terceiro governo”. O vão de entrada do Pantheon possui 16 gigantescas colunas de granito, cada uma com 14 metros de altura, todas vindas do Egito, e as traves que hoje regem essas colunas eram completamente revestidas de bronze, (o material foi retirado a mando de um papa, Urbano VIII, e utilizado para formar as colunas do altar da Basílica de São Pedro) . Porém , ainda são de bronze as robustas portas que levam até o salão circular no seu interior.
Visitar o interior do Pantheon
Dentro, o monumento preserva praticamente as mesmas características da época em que foi construído. Ao entrar no grande salão redondo é impossível não observar a magnitude do seu espaço todo revestido em mármore; e quando você estiver no centro do Pantheon terá, imediatamente, a ideia do quanto somos pequenos (e era exatamente assim que nos deveríamos sentir diante das divindades que ali estavam).
No teto do monumento encontra-se a cúpula , planejada com a formidável precisão de 43,5 metros de diâmetro e 43,5 metros de distância do chão, pesando 5000 toneladas. Naquela época, quando não havia o avançado conhecimento em engenharia que existe atualmente, para fazer uma estrutura que pudesse suportar tamanho peso foi necessário desenvolver um excepcional trabalho nessa área. Projetou-se então a construção da cúpula com 5 tipos de concretos, constituídos de misturas diferentes de materiais para dar leveza à construção à medida que esta se tornava mais alta.
No centro da cúpula há um buraco com nove metros de diâmetro; um “olho” que permite a iluminação do salão e deixa passar todas as intempéries da natureza. O facho de luz que ultrapassa o buraco da cúpula dá o toque de magnificência ao monumento.
Para completar, em uma brilhante estratégia para os dias chuvosos, o piso do Pantheon é levemente convexo e apresenta minúsculos buracos drenantes para facilitar que a água escorra.
O interior do Pantheon exibe tumbas de personagens ilustres como o pintor Rafael, os reis italianos Vitorio Emanuele II e Umberto I, dentre outras celebridades históricas.
Visitar o Pantheon é, com certeza, uma das mais emocionantes coisas a se fazer em Roma, já que se trata de um dos monumentos mais bem conservados da cidade. É possível avistá-lo em seu passeio pelo centro de Roma, em meio a uma movimentada praça intercalada por vias pedonais estreitas, como labirintos, que levam às outras atrações da cidade como a Praça Navona e a Fontana de Trevi.
Ao visitar o Pantheon, não passerá despercebida a praça que lhe está em frente , Piazza della Rotonda, com seus edifícios de século XVI e XVII e um obelísco egípcio, da dinastia de Ramsés II, apoiado sobre a charmosa fonte do ano de 1575 (essa sofreu diversas modificaçoes ao longo dos anos).
Uma boa dica é sentar-se em um dos restaurantes da praça ou nas escadas da fonte para assim poder admirá-lo por mais tempo.
Visitar o Pantheon de Roma ingresso e horários
De segunda a sábado das 8:30-19:30; domingo das 9:00-18:00; feriados das 9:00-13:00. Ingresso gratuito.
Luciana
Quem é e o que faz a autora que está em giro pela Itália? Deixei Salvador tentando dar umas férias ao Brasil e acabei adotando a Itália como casa. Moro em Roma há quase nove anos, entre idas e vindas. Vivi quase sete vidas nesse período fora de casa; curti, conheci, aprendi e entrei em várias roubadas. Adoro passear pelo centro, girar de bicicleta à noite e aproveitar todos os eventos que Roma oferece. Gosto de viajar e contemplar as pessoas mais que os lugares. Atualmente trabalho como web designer e compartilho informações sobre Roma, a cidade que oferece um mundo de atrações e aventuras. Convido vocês a passear comigo.
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